O Começo da Jornada Profissional

Falar sobre o início de carreira é sempre muito animador para mim!  Olhar para trás e fazer essa reflexão sobre a minha própria escolha profissional é um exercício interessante. Hoje com quase vinte anos de estrada lembro como se fosse ontem das pressões que recebi de alguns membros da família. “Você tem que fazer concurso”, “Você tem que seguir na área do Direito”, “Você tem que pensar nisso… aquilo, etc.”  A verdade é que ouvir as orientações de quem está há alguns anos a nossa frente é de fato muito importante. Porém, eles nos trazem a sua forma de enxergar o mundo que talvez não seja o mundo ideal para quem está começando, caso esta pessoa não seja um especialista na área. Familiares falam com a sua visão de mundo e com certeza querem o nosso melhor.  Eu não posso olhar para você que tem hoje seus vinte e poucos anos e querer comparar com o meu mundo de vinte anos atrás, seria injusto. Muita coisa mudou. Eu faço parte da geração que pegou a migração de um mundo analógico para um mundo digital. Onde ainda não tínhamos a facilidade de encontrar de tudo na tela de um aparelhinho chamado smartphone.  As profissões mudaram, porque as demandas da população mudou! Dia desses eu estava falando sobre como minha vida poderia ter sido muito mais fácil na escola com relação ao entendimento e consequente aproveitamento de algumas matérias, caso eu tivesse tido uma orientação diferente.  Eu faço parte de uma pequena parcela da população que teve acesso à boas escolas particulares, cursos de inglês, francês, música, esportes… Se quem fez parte da minha educação conhecesse sobre processos de aprendizado, e que as pessoas funcionam de forma diferente, eu tivesse batido menos a cabeça em alguns momentos da vida adulta. E esse papel não deve ser delegado apenas às escolas e educadores. Eu nunca fui metódica, por exemplo, decorar as coisas então… nunca funcionou pra mim, muito pelo contrário, me achava bem limitada, por não entender mesmo como algumas coisas funcionavam.  Eu, por exemplo, tenho um pensamento mais prático, ou seja, coisas para mim têm que fazer sentido! Se talvez algum santo professor tivesse explicado que a fórmula de Bhaskara poderia servir para fazer rampas, ou mesmo o professor de física que trouxesse mais prática àquele emaranhado enorme de fórmulas, eu tivesse performado melhor enquanto estudante dessas matérias. E teria me poupado alguns “traumas”.  Com um pensamento voltado às coisas mais práticas, menos abstratas. Lidar com pessoas e problemas reais me parecia razoável.  O início de carreira foi bem fácil para mim, eu gostava muito do ambiente, das atividades que exercia. A situação estava bem alinhada e adequada a minha personalidade, e tendencias comportamentais. Mas, sei que nem sempre é assim para a grande maioria das pessoas. É comum que essa experiência prática só seja vivenciada no momento do famigerado estágio. E voi lá… é quando muitos jovens percebem que aquilo ali não tem nada a ver com elas. E então vemos um dos motivos para a grande evasão das universidades/faculdades hoje em dia.  Como saber o que é mais adequado para mim, então? Hoje penso ser bem injusto a obrigação de escolher uma profissão, aquela que iremos executar pelo próximos 30, 40 anos de nossas vidas. Pois é!  Talvez se no Brasil houvesse uma cultura de trabalho iniciando mais cedo, aos 16 anos. Trabalhos simples, de atendimento ao público, administrativo em empresas e escritórios. Simples, mas que já entregam uma excelente oportunidade de criar novas habilidades, executar, observar, se testar e aprender. Desenvolver maior maturidade e responsabilidade acerca do trabalho, força, comprometimento, e servir.  Já se imaginou aos 60 anos fazendo a mesma coisa que fazia com 25?  Por isso não é raro encontrar pessoas com 30 anos em crise existencial. Querendo migrar e achando que o mundo acabou, pois tem um diploma na mão e se sente na obrigação de fazer algo que não se identifica mais por conta de um diploma. E mudar se torna um grande desafio, e até motivo de vergonha para muitos. Eu mesma passei por essa crise! Os 3 segredos para um bom começo de carreira. Deixo aqui 3 importantes orientações para você que está começando esta caminhada profissional. Vou te fazer um convite.  Acredito que será bem normal nos próximos anos entrar em um escritório e ver estampado na entrada ou corredores principais, uns quadros bonitos com os dizeres: Nossa Missão, Nossa Visão e Nossos Valores.    Pare um instante e leia esses quadros! Fotografe, se possível for. Pare um pouquinho e pense sobre o que está escrito ali. Faça esse exercício. Crie este hábito, buscar a missão, visão e valores das companhias que hoje você admira no mercado e que gostaria de fazer parte daquela dinâmica.  Agora para que essa escolha seja mais acertada e que você tenha um olhar mais treinado. É preciso saber quem é você no meio disso tudo. Eu te pergunto, então: Quais são os seus Valores pessoais, Sua visão pessoal de futuro, e sua missão? Já pensou sobre isso? As empresas já!  Não que nessariamente estejam praticando com afinco o que esta escrito naqueles quadros bonitos. Quadros esses que deveriam mudar, e se atualizar vez ou outra. Afinal o mundo não é estático. Por que uma empresa que é formada por pessoas e metas deveria ser?! Por quê você deveria ser? As metas são alcançadas e no lugar daquelas deveriam se iniciar outras mais. Agora, te proponho um exercício prático. Faça uma lista com os seus valores inegociáveis, por exemplo: – Família – Liberdade – Ética – Justiça – Saúde – Rotina estruturada – … Depois de pensar e escolher os seus valores. Volte e liste ao menos 3 principais valores que você julgue inegociáveis. E coloque em ordem de prioridades.  Sua visão e missão pessoal Visão De forma bem prática a visão nos mostra o que você quer alcançar daqui a um certo espaço de tempo. Você tem a liberdade de dizer que tempo será esse. Eu